. Jornal "Perrocas" número ...
perrocas nº21
Abril de 2008
Olá amiguinhos e amiguinhas de todas as idades, cores e lugares...
Já estamos em Abril
Este mês começa bem…
Com o dia das mentiras!
Uma receita…
Bolo Meu
Ingredientes:
Confecção:
Deixar amolecer a manteiga e batê-la com os ovos.
Juntar o açúcar e bater.
Depois juntar os iogurtes e o mel e bater de novo.
Por fim juntar a farinha e bater.
Misturar os frutos secos.
Vai a cozer em forma de bolo inglês, previamente forrada de papel vegetal (especial para uso culinário) untado com manteiga ou margarina. Cozer em forno quente (200° mais ou menos).
25 de Abril…
Um movimento singular, produto de uma acção planeada e executada exclusivamente por militares, sem grande comprometimento ou articulações com forças partidárias civis. A difusão das canções E Depois do Adeus, na véspera, e Grândola Vila Morena no próprio dia 25, deu o mote para o início das operações. Pelas 3 horas da manhã sai da Escola Prática de Cavalaria na Pontinha, uma força de 231 homens comandados por Salgueiro Maia com destino ao Terreiro do Paço. Ao longo do percurso foram vencendo todos os resistentes que se lhes opunham: a Polícia de Choque, uma coluna da Administração Militar de Lisboa (AML) do Regimento de Cavalaria 7 (RC7).
A madrugada avança sendo sucessivamente tomados diversos pontos fundamentais (edifícios públicos, órgãos de comunicação social - RTP, Rádio Clube Português, Emissora Nacional; aeroporto; etc.) previamente designados com toponímica diversificada.
O ainda Presidente do Conselho contacta o general António Spínola para lhe entregar o Poder, no Quartel do Carmo, depois do aval do MFA.
Caetano e os membros do Governo são evacuados em blindados para a Pontinha. Ao fim da tarde, rende-se o Regimento de Lanceiros 2 e pelas 18 e 40 horas a RTP difunde o seu primeiro Telejornal livre onde reproduz o comunicado do MFA anunciando a rendição do Governo. Restava neutralizar o último reduto de resistência fascista, a polícia política que provocava as únicas vítimas da Revolução ao disparar sobre a multidão aglomerada ao redor da sua sede: quatro mortos e dezenas de feridos é o balanço. A rendição só é obtida no dia seguinte.
Ao longo do dia e em acto contrário às solicitações do MFA, o povo foi ocupando a Baixa da cidade exultando de alegria, felicitando o golpe, entoando o Hino Nacional. Este dia que durou mais de 24 horas, teve a dimensão de uma nova vida de todo um povo que desperta de uma sonolência imposta ao longo de meio século.
Ténis de Mesa…
O ténis de mesa surgiu na Inglaterra no século XIX. Imitando o jogo de ténis num ambiente fechado, objectos do dia-a-dia eram usados como equipamento: uma fileira de livros poderia ser usada como rede, uma rolha de garrafa como bola e uma caixa de charutos como raquete.
A popularidade do jogo fez com que as empresas de brinquedos iniciassem a venda de equipamentos comercialmente.
As raquetes antigas eram muitas vezes feitas de madeira que gerava muito barulho, criando o nome ping pong.
O nome ping pong foi largamente usado até que a empresa inglesa J. Jaques registou marca em 1901 e então os outros fabricantes passaram a usar o nome ténis de mesa.
O mesmo ocorreu nos Estados Unidos onde Jaques vendeu os direitos do nome ping pong para os Parker Brothers.
Uma inovação importante veio com James Gibb, um inglês apaixonado pelo jogo, que descobriu umas bolas de celulóide numa viagem aos Estados Unidos em 1901 e achou que seriam ideais para o jogo.
Em seguida, em 1903, E.C. Goode inventou uma versão moderna da raquete, com uma borracha colada sobre uma lâmina de madeira.
A popularidade do ténis de mesa cresceu em 1901 quando torneios foram organizados, livros foram escritos e um Mundial não oficial ocorreu em 1902.
Em 1921, foi criada uma Associação de Ténis de Mesa e, logo em seguida, a Federação Internacional (ITTF) em 1926.
Londres organizou o primeiro Mundial em 1927. Mas só em 1988, em Seul o desporto se tornou Olímpico.
No fim de 2000, as antigas bolas de
Esta medida foi tomada para aumentar a resistência do ar sobre a bola e efectivamente tornar o jogo mais lento.
Os jogadores começaram a aumentar a grossura da esponja da borracha tornando o jogo extremamente rápido.
Cavaquinho…
O cavaquinho é um cordofone popular de pequenas dimensões, do tipo da viola de tampos chatos e da família das guitarras europeias. Possuindo uma caixa de duplo bojo e pequeno enfranque, as suas quatro cordas de tripa ou metálicas (em aço) são tradicionalmente presas a cravelhas de madeira dorsais e ao cavalete colado a meio do bojo inferior do tampo, por um sistema que também se usa na viola.
Além deste nome encontramos ainda, para o mesmo instrumento ou outros com ele relacionados, as designações de machimbo, machim, machete, manchete ou marchete, braguinha ou braguinho, cavaco. Dentro da categoria geral com aquelas características, existem actualmente em Portugal continental dois tipos de cavaquinhos, que correspondem a outras tantas áreas: o tipo minhoto e o tipo de Lisboa.
O cavaquinho geralmente toca-se rasgado com os quatro dedos menores da mão direita, ou apenas com o polegar e o indicador como instrumento harmónico.
No entanto, um bom instrumentista executa a parte cantante destacada do rasgado com os dedos menores da mão esquerda sobre as cordas agudas, ao mesmo tempo que as cordas graves fazem o acompanhamento em acordes.
Trata-se de um instrumento com um grande número de afinações que, tal como no caso da viola, variam conforme as terras, as formas tradicionais e até os tocadores.
Porém, geralmente e para tocar em conjunto, o cavaquinho afina pela viola com a corda mais aguda colocada na máxima altura aguda possível.
A sua afinação natural parece ser ré-sol-si-ré (do grave para o agudo), mas usa-se também sol-sol-si-ré (ou lá-lá-dó #-mi, do grave para o agudo).
Certos tocadores de Braga usam ainda outras afinações além destas, próprias de certas formas em que a corda mais aguda (ré) é ora a primeira, ora a terceira: a afinação para o varejamento (com a primeira mais aguda) que corresponde a sol-sol-si-ré, atrás indicada; a afinação para malhão e vira na «moda velha» mais antiga (sol-ré-mi-lá, também com a primeira mais aguda).
Em Barcelos, é preferida a de sol-dó-mi-lá (afinação da «Maia») existindo ainda outras afinações de malhão e vira, para além de outras com a terceira mais aguda, etc.
Actualmente o cavaquinho é usado - tal como outros instrumentos típicos das rusgas - também para o fado, seguindo aí uma afinação correspondente com a primeira mais aguda.
Curiosamente, uma das afinações mais usadas - não citada por Ernesto Veiga de Oliveira - e porventura mais versátil harmonicamente é: (de cima para baixo) - RE-LA-SI-MI.
Sabes quem foi…
Bento Jesus Caraça
Bento de Jesus Caraça nasceu a 18 de Abril de 1901, na Rua dos Fidalgos, em Vila Viçosa, numa modesta dependência do Convento das Chagas, onde se alojavam alguns criados da casa de Bragança. Era filho de trabalhadores rurais: João António Caraça e Domingas da Conceição Espadinha.
Foi eleito Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Matemática para o biénio de 1943-44 e Delegado da Sociedade aos Congressos da Associação Luso-Espanhola para o Progresso das Ciências, de
A subida do fascismo ao poder leva Bento Caraça a intensificar a sua actividade política quer a nível clandestino como militante comunista, quer a nível legal e semi-legal : participa activamente na Liga Portuguesa contra a Guerra e o Fascismo e no Socorro Vermelho Internacional; mais tarde participa na fundação do MUNAF, em 1943, e do MUD, em 1945.
Constantemente perseguido, nunca abdicou dos seus ideais.
Acabou por ser preso pela PIDE e, posteriormente, demitido do seu lugar de professor catedrático do I.S.C.E.F., em Outubro de 1946.
Talentoso matemático e professor universitário, não só sabia criar nos alunos aplicação e gosto pelo estudo, como criar amigos com os quais permanentemente passava a conviver.
Resistente antifascista, lutador pela liberdade e a democracia, apontava como horizonte mais vasto profundas transformações sociais, uma sociedade sem exploradores nem explorados, uma sociedade socialista.
Homem de cultura, atacava o monopólio cultural das classes dominantes, apontava o caminho da criatividade e da fruição culturais pelo povo e sublinhava o consequente imperativo da solução dos graves problemas económicos das massas trabalhadoras.
Deu uma importante contribuição para a democratização da cultura. Apontando o valor e o papel do indivíduo, inseria a sua actividade em realizações colectivas.
Homem de profundas convicções, reflectia e incitava os outros a reflectirem, respeitava as opiniões diferentes, era sereno na controvérsia.
E porque confiava no futuro, acreditava na juventude, convivia com os jovens, que com ele conversavam e passeavam. E nem ele nem os jovens sentiam as diferenças da idade.
Morreu em Lisboa, a 25 de Junho de 1948, com apenas 47 anos de idade.
O seu funeral transformou-se numa impressionante manifestação de pesar e de homenagem sentida a um dos maiores vultos da intelectualidade portuguesa que jamais traiu a sua humilde e honrada condição de classe.
Um provérbio…
A união faz a força.
Até Maio amigos e amigas…
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